CARTOGRAFÍA II – EDIMILSON
el norte es laberinto
aunque el mar
se resuelva
en continente
y el continente vertido
en cuerpo
se admire de la propia
ganancia
: en la superficie
los embates son fábricas
de artificios
y muertos
lo que fue arrojado
a las olas
sube al maxilar
de la historia
pero por si no
reinventa la máquina
es necesario revolver
el eclipse
que sirvió
de timón a la barca
y de venda
a los embarcados
: hacia el norte otro
norte
como si el viaje no
fuese cárcel
y la ruta
de la sangre apellido
escarnio
como si la caverna
(donde la razón
madura)
no fuese la boca
del monstruo
: al norte la
desorientación y el
sigilo
los huesos del oficio
la memoria
colecciona lapsos
por eso
asáltala con
el lenguaje
extraído con fórceps
del mar
: al norte
una confrontación
de ostras
hasta que el exilio
termine
y la máquina
suene
música, otra que
no la muerte
Tradução de Tereza Arigón e Camilla Alves
BLOG COM TEXTOS LITERÁRIOS PARA ENTRETENIMENTO
Para ler poemas, fragmentos e poesia em prosa que ousei publicar na internet, veja www.lapidandopedras.blogspot.com
quarta-feira, 29 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Claudio Willer
[a imagem da ultima linha]
impulsionava-nos certa atração pelo sublime
e nós nos entretínhamos a decifrar a errante caligrafia do tempo
nervosamente rabiscada na pauta das ondas
até que punhais de nuvens arcaicas emoldurando o entardecer
viessem se cravar em nosso infinito
e sentíssemos os cabelos da noite crescerem vagarosamente
pois a escuridão havia chegado
para reclinar-se em seu colchão de maresias
então,
entre a onda e o lampejo da onda
entrevimos o perfil em chamas de nossos corpos
entre o vivido e o não-vivido
o traço cambiante da arrebentação
entre os ruídos do mar e os ruídos da cidade
a complicada geometria de nossos silêncios
e um insperado perfume de jasmins
por mim
nunca mais sairia dali
ficaria por lá mesmo
para sempre percorrendo a praia
a acompanhar a insofrida inquietação dos astros presos a suas órbitas
impulsionava-nos certa atração pelo sublime
e nós nos entretínhamos a decifrar a errante caligrafia do tempo
nervosamente rabiscada na pauta das ondas
até que punhais de nuvens arcaicas emoldurando o entardecer
viessem se cravar em nosso infinito
e sentíssemos os cabelos da noite crescerem vagarosamente
pois a escuridão havia chegado
para reclinar-se em seu colchão de maresias
então,
entre a onda e o lampejo da onda
entrevimos o perfil em chamas de nossos corpos
entre o vivido e o não-vivido
o traço cambiante da arrebentação
entre os ruídos do mar e os ruídos da cidade
a complicada geometria de nossos silêncios
e um insperado perfume de jasmins
por mim
nunca mais sairia dali
ficaria por lá mesmo
para sempre percorrendo a praia
a acompanhar a insofrida inquietação dos astros presos a suas órbitas
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